CHOQUES FISCAIS E DINÂMICA ESTADUAL NO BRASIL
Resumo
Este artigo investiga os impactos de choques fiscais sobre o produto dos estados. Para tanto, foi utilizado um modelo Vetorial Autorregressivo Estrutural, estimado para cada um dos estados, no qual foi adotada uma estratégia de restrição de sinais tal como proposta em Uhlig (2005) e Mountford e Uhlig (2009), com abordagem bayesiana para a identificação de choques nos gastos do governo. Os resultados indicam que os estados tendem a ter reações assimétricas a choques na política fiscal. A segunda parte deste artigo investiga as eventuais explicações às reações diferenciadas de cada estado. Estimaram-se quatro modelos de regressão (cross-section) relacionando quatro medidas de intensidade de resposta do produto estadual, obtidas a partir das funções de resposta a impulso, a diversos indicadores que refletiriam três canais principais: demográfico/socioeconômico, estrutura produtiva e estrutura fiscal dos estados. Os resultados mostram que estados com maior proporção de pessoas pobres e com maior participação da agricultura tendem a responder menos intensamente a choques fiscais. Estados com maior participação do setor de serviços acabam sendo mais afetados e aqueles onde a proporção da receita tributária própria em relação às despesas totais é elevada, os impactos de choques fiscais sobre a dinâmica econômica é mais reduzida.Downloads
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Publicado
2015-10-06
Como Citar
SILVA, M. E. A. da; GOMES, S. M. F. P. O.; ROCHA, R. de M.; SILVA, I. Ézio M. CHOQUES FISCAIS E DINÂMICA ESTADUAL NO BRASIL. Revista Brasileira de Estudos Regionais e Urbanos, [S. l.], v. 6, n. 2, p. 1–18, 2015. Disponível em: https://revistaaber.emnuvens.com.br/rberu/article/view/89. Acesso em: 25 nov. 2024.
Edição
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Artigos
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