Novos Cenários para Velhos Trajetos: O Nordestino sofre Discriminação Salarial na Região Sudeste do Brasil?
DOI:
https://doi.org/10.54766/rberu.v14i1.648Palavras-chave:
Diferenciação salarial, Migração, Decomposição de Oaxaca-BlinderResumo
A desigualdade regional incentivou a migração interna brasileira ao longo do século XX. Apesar do avanço nos fluxos migratórios de retorno a partir da década de 1980, a região Nordeste continua a ser a principal emissora e o Sudeste a principal região receptora. O presente estudo tem como objetivo central verificar se o migrante nordestino é sujeito a discriminação no mercado de trabalho da região Sudeste em consequência da sua região de nascimento, quando comparado aos demais migrantes. A análise foi realizada para os migrantes homens, através dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2015. De maneira geral, por meio da decomposição de Oaxaca-Blinder com correção de Heckman, evidencia-se o efeito discriminatório relacionado à região de nascimento ao comparar os migrantes nordestinos não brancos com aqueles oriundos da região Norte. Nas demais comparações realizadas entre migrantes, verificou-se que a diferença salarial entre nordestinos e aqueles nascidos em outras regiões, brancos e não brancos, é explicada pela discrepância educacional.
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