O programa Mais Médicos tem ocupado as áreas desérticas de médicos? Uma análise espacial de 2013 a 2023

Autores

  • Rachel Alves da Silva Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Economia Regional e Desenvolvimento da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (PPGER-UFRRJ). https://orcid.org/0009-0008-4677-9175
  • Bruno Silva de Moraes Gomes Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro Campus Niterói (IFRJ CNIT) e do Programa de Pós Graduação em Economia Regional e Desenvolvimento da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (PPGER-UFRRJ).

DOI:

https://doi.org/10.54766/rberu.v19i3.1155

Palavras-chave:

Programa Mais Médicos, Distribuição de médicos, Análise espacial

Resumo

Este estudo analisa a distribuição espacial dos médicos do Programa Mais Médicos (PMM) nos municípios brasileiros entre 2013 e 2023. A partir da Análise Exploratória de Dados Espaciais (AEDE), com foco na identificação de padrões de agrupamento, constatou-se um aumento contínuo na densidade de médicos até 2017, seguido por uma redução expressiva após a saída dos médicos cubanos em 2018. A análise do Índice de Moran revelou a existência de agrupamentos do tipo alto-alto, que correspondem a municípios com maior número de médicos cercados por outros em situação semelhante, e do tipo baixo-baixo, que indicam locais com escassez de profissionais próximos a outros igualmente carentes, ressaltando as desigualdades regionais no acesso à saúde. A suspensão do programa em 2018 agravou a carência médica em áreas vulneráveis, enquanto sua retomada em 2023 sugere uma tentativa de corrigir falhas anteriores e ampliar o acesso à saúde. Assim, o PMM evidencia como mudanças institucionais afetam políticas de saúde pública.

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Biografia do Autor

Rachel Alves da Silva, Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Economia Regional e Desenvolvimento da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (PPGER-UFRRJ).

Mestre em Economia Regional e Desenvolvimento pela UFRRJ (2025), doutoranda em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento pela UFRJ. Graduada em Engenharia de Materiais (Materials Engineering) pela UFRRJ (2017) e pela University of Florida, com período sanduíche através do programa Ciências sem Fronteiras (2014). Possui especialização em Direito Administrativo pela Faculdade Única de Ipatinga (2018). Possui interesse nas seguintes temáticas: Avaliação de Políticas Públicas, Economia da saúde, Bibliometria/Cientometria e Análise de Dados.

Bruno Silva de Moraes Gomes, Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro Campus Niterói (IFRJ CNIT) e do Programa de Pós Graduação em Economia Regional e Desenvolvimento da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (PPGER-UFRRJ).

Professor de Economia e Gestão de Negócios do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ) e do Mestrado em Economia Regional e Desenvolvimento do Programa de Pós Graduação em Economia Regional e Desenvolvimento da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (PPGER-UFRRJ). Coordenador do curso técnico em administração integrado ao ensino médio do IFRJ-Campus Niterói, membro do Conselho Acadêmico de Ensino Técnico (CAET), Membro da Comissão Local de Avaliação (CLA), Jovem Cientista do Nosso Estado (JCNE) da FAPERJ e Orientador Jovens Talentos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), líder do Grupo de Pesquisa Laboratório de Análises de Gestão e Economia (LAGEC) e Pesquisador Visitante do Instituto de Pesquisa em Economia Aplicada (IPEA). Doutor em economia na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ (2010) e mestrado em economia aplicada pela UFJF (2013). Tem experiência na área de economia com interesse nos temas de Desenvolvimento Urbano e Regional, Políticas Públicas, Redes de Cidades, Economia da Saúde e Métodos Econométricos com ênfase em Econometria Espacial.

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Publicado

2025-08-19

Como Citar

ALVES DA SILVA, R.; DA SILVA GOMES, B. O programa Mais Médicos tem ocupado as áreas desérticas de médicos? Uma análise espacial de 2013 a 2023. Revista Brasileira de Estudos Regionais e Urbanos, [S. l.], v. 19, n. 3, p. 365–392, 2025. DOI: 10.54766/rberu.v19i3.1155. Disponível em: https://revistaaber.emnuvens.com.br/rberu/article/view/1155. Acesso em: 24 ago. 2025.
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